Por conhecer a sua preocupação com tudo o que está ligado ao
seu Governo achamos por bem levar ao conhecimento do Governador Marconi Perillo, acreditando
que ele desconheça o assunto, o estado de abandono que se encontra o Museu
Pedro Ludovico, constatado após uma visita ao Museu, no último sábado, dia 15 de
dezembro passado, depois da cerimônia de lançamento do selo comemorativo dos
120 anos de Pedro Ludovico.
Toda a casa precisa de manutenção, vários cômodos estão com
os tetos danificados por infiltrações, o telhado está vazando água da chuva e
quando chove em alguns cômodos a água cai como bica, deixando o Museu sem a mínima
condição de receber os visitantes.
Pouco se vê da antiga casa de Pedro e Gercina. Os cômodos/salas estão sem os móveis e os
arquivos pertencentes ao Museu estão dentro de algumas pastas colocados no chão.
Vendo tudo isso, é preciso perguntar: até que ponto o desinteresse pelo patrimônio
histórico chega?
A resposta está no que se vê por toda a casa. Toda casa precisa
de cuidados. Os móveis (acervo) estão danificados e amontoados em um depósito
nos fundos da casa. O jardim e o quintal não tem nenhum tipo de manutenção,
estão abandonados. Pelo que se pode notar o que tem mantido a salvo os
pertences e o Museu é a dedicação dos pouquíssimos funcionários que lá estão,
porém, isso não é o suficiente para evitar que a degradação aconteça. A “razão”,
explicam, é porque não existem verbas para atender às necessidades do Museu.
Ora, como pode não existir verbas para atender às mínimas necessidades dessa
casa que foi o embrião da Agência Pedro Ludovico?
Pedro Ludovico Teixeira deixou para seus filhos uma fazenda,
que foi herdada por sua esposa, Gercina, de seu pai que era fazendeiro em Rio
Verde e a casa, onde hoje está o Museu. Esse foi o patrimônio deixado por Pedro
e Gercina. Essa era a casa simples do fundador de Goiânia, simples, porém digna
e valorosa pelo que se viveu ali, ela foi repassada para o Estado para que
zelassem por seus bens e para que preservassem a sua história.
Uma Casa/Museu deve permanecer com o seu mobiliário em seus
respectivos lugares, retratando ao máximo a vida de quem ali viveu. A casa de
Pedro e Gercina possuía poucos móveis, móveis simples e exatamente o suficiente
par mobiliar a casa que viviam. Não se sabe por que, hoje, parte desses móveis
estão estragados e amontoados em um depósito, inadequadamente criado, na gestão
anterior, demolindo a parede que separava o quarto do motorista do quarto da
empregada, sem que ninguém se importasse com essa intervenção. Deixando como
está, fica faltando móveis dentro da casa, a casa está vazia e descaracterizada,
falta identificação com o que ali existia. Um Museu de um personagem tem por característica
mostrar ao público como ele vivia, exatamente, retratando a sua vida, essa é a
função dessa Casa/Museu Pedro Ludovico Teixeira. A casa pede socorro e a
história também.