segunda-feira, 29 de novembro de 2010

De onde vem o rincho?

Luiz de Aquino,

Membro da Academia Goiana de Letras.

Se o meu amigo Sinésio Dioliveira tivesse realmente lido o DM OnLine durante suas ferias em Boston todos os dias, como disse, não se referiria tão-somente ao excelente artigo do também amigo João Neder, também amigo. Evidentemente, ele não leu... Ou teria visto muitos outros artigos de igual peso e importância, entre eles os da minha lavra, solenemente ignorados pelo poeta e professor Sinésio. Refiro-me ao seu artigo de hoje, “Risos e rinchos (e coices)”, publicado no “Opinião Pública”.

É provável que ele tenha se cansado do meu estilo. Ou dos meus argumentos. Mas poderia ter se interessado pelas informações que passei, e uma deles diz respeito, claramente, à vontade expressada pela família Ludovico, que quer a estátua no seio da Praça Cívica Dr. Pedro Ludovico Teixeira, e não nos ombros, olhando para a casa do “presidente” da Comissão Viúva Porcina (lembra? “A que era sem nunca ter sido”).

A ideia da estátua na Serrinha partiu de José Mendonça Teles ao propor a escultura e a homenagem, em 1991; em 2000, em carta a Mauro Borges Teixeira (ex-deputado, ex-senador, ex-governador e filho de Pedro, Sinésio, caso você não saiba), concordava com a localização na Praça Cívica, sugerindo a instalação no antigo Palácio das Campinas o Memorial Pedro Ludovico.

Atribuir à família a escolha da Serrinha é confessar que não sabia de nada. Gostaria muito de recebê-lo de carona nessa campanha, da qual me sinto um dos pioneiros, com o incontestável testemunho das publicações nestas páginas e no DMRevista. Mas, por favor, informe-se melhor. Ou corre o risco de nivelar-se com o vereador que, sem sequer saber o nome todo do homenageado (eu sei), posa de autor de providências já existentes.

De resto, é aguardar que o Governo de Goiás seja reativado e a Agência de Cultura Pedro Ludovico recupere-se dos estragos cometidos nos últimos anos, voltando a respeitar o povo de Goiás e a personalidade que lhe empresta o nome.

Se tudo o que escrevi não lhe serve de base de informação, aqui vai trecho de carta que recebi de pessoa da família de Pedro:

“… disseram que a família não se manifestou, mas o DM mesmo publicou a carta da família e citou o abaixo-assinado (promovido pela nora de Mauro Borges, Maria Dulce, exigindo a estátua no coração da Praça Cívica). Como dizer que a família não lutou? Lutou sozinha para tirar da Serrinha a estátua. Depois, sozinha, contestou o local definido pela “comissão”, a Rua 82. No dia seguinte, escrevemos “Colocando os pingos nos is”, dizendo que a família não concordava com o local”. A família percebeu “A resistência deste governo e partiu para garantir que a estátua fosse para a Praça de Pedro. Enviei (continua o missivista) e-mail ao candidato Marconi Perillo pedindo ajuda. Ele,em campanha e muito ocupado, pediu que aguardasse o término da campanha. Imediatamente após a confirmação de sua vitória, no Dia de Finados, na visita ao túmulo de Pedro Ludovico, a família perguntou se podia contra com a ajuda dele para colocar Pedro em sua Praça. Em frente aos repórteres ele garantiu à família que mudaria a estátua para a praça,nesse momento a família ficou tranquila, uniu-se a quem sempre prestigiou Mauro Borges e Família; ali acabava a ansiedade, havia um compromisso real e como desejava, Pedro iria para a sua Praça assim que Marconi assumisse. Pronto!

Finalizando: Essa luta começou quando a família percebeu que estavam “cassando” Pedro de sua História, colocando-o lá no Serrinha.

E de resto, voltemos ao tema apenas quando se fizer necessário, ou seja, quando o novo governo assumir e as providências se fizerem necessárias, com nova postura e nova linguagem. Essa gente que causou todo esse alvoroço não merece mais espaço.

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