quinta-feira, 25 de novembro de 2010

GOELA ABAIXO, NUNCA MAIS!

mbros da tal comissão disseram amém à presidente da AGEPEL, acatando sem contra-argumentar, a escolha feita. E comenta-se mais. Aliás, questiona-se: o que levou a atual presidente da AGEPEL a impor-se no cargo? Tinha-se por certo que Nasr Chaul continuaria presidente por todo o governo Alcides Rodrigues, mas de repente o noticiário deu conta de que a secretária da Cidadania entregou o cargo, a chave do carro funcional e o telefone celular oficial, mas exigiu, na condição de presidente de partido da base, a cadeira da Cultura.

Para o meio, e me refiro à maioria dos militantes culturais do Estado, a troca não foi agradável. Goiás tem dois nomes fortíssimos na gestão cultural, nomes que se firmam por suas ações – Nasr Chaul e Kleber Adorno. Um “estranho no ninho” não foi de bom aceite.

Por outro lado, questiona-se, há anos, a simpatia de que desfruta a sra. presidente: ela consegue, ao contrário de inúmeros (e muito competentes) colaboradores, estar bem com todos os governos. Continuará com o próximo? Ou já se ajeitou na esfera federal, ou mesmo na municipal?

Não preciso enumerar segmentos dentro do meio cultural de Goiás para demonstrar o valor dos nossos artistas; ainda que o Estado seja apenas 3,5% do concerto nacional, nossas ações culturais nada devem aos demais pólos de cultura do país. E a atual presidente da AGEPEL não contribuiu com nada para essa valorização.

No turbulento ano de 1968, na Universidade Católica de Goiás, aprendi, de tanto ouvir e constatar, que autoridade é conhecimento. Acho que essa frase não ecoava na mente de alguns alunos, pois, sabendo que os professores da UCG eram os mesmos da Universidade Federal, os alunos “de lá” deviam, também, ter ouvido a prédica.

Pela imprensa, lemos que autoridade é quem obteve votos, ou se fez investir do poder de mando e (ou) decisão pelo legítimo caminho do concurso; ou ainda pela caneta poderosa dos que, temporariamente, ocupam tronos; por serem os anos da ditadura, aqueles desde 1964, vimos acontecer arbítrios que atentaram contra a liberdade, a dignidade e até mesmo contra a vida.

Daqueles tempos, algumas vítimas (ou a gente imaginava vítimas algumas pessoas) trocaram de lado e começaram a se sentir tão ou mais poderosas que os de fardas e estrelas. Sim: há pessoas, entre os perseguidos daqueles tempos, que não poderiam mesmo, em regime de exceção, exercer cargos públicos, pois, mesmo em tempos de liberdade - esta liberdade que nos permite até xingar o Presidente da República – cometem arbítrios como se tudo pudessem. E querem nos forçar a engolir suas decisões arbitrárias, truculentas e inoportunas.

A gente nao quer mais, sra. presidente! Nossas goelas já engoliram o que não era de bom gosto; agora, podemos dizer não.

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